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domingo, 6 de outubro de 2013

A Festa dos Pontos

Os pontos foram convidados
A uma festa muito animada
Que aconteceu no mais novo
Livro de Português da criançada.

Foi o rei quem convidou
E nenhum ponto recusou
Bastava saber a definição
Pois cada um ao entrar
Teria de demonstrar
Qual seria sua função.

No horário combinado
Sempre em trajes alinhados
Foram chegando de dois em dois
E pouco a pouco a festa ia
se enchendo de alegria
Com a harmonia das canções.

O primeiro a chegar
Não teve dúvida ao falar
E fez com muito brilho e emoção
Pois gostava de exaltar
E a todos impressionar
Era o ponto de exclamação!


Atrás dele, devagar,
Com uma dúvida no olhar
Veio o ponto de interrogação.
Chegou logo perguntando:
- Por que é que está demorando?
Vocês vão entrar, não vão?

Um casal muito elegante
Numa entrada triunfante
Fez todos pararem de uma vez
Era o senhor ponto-e-vírgula,
E sua esposa dona vírgula,
Que vieram para saudar o rei.

Bem tranquilas e alinhadas
Vieram bem despreocupadas
Embora às vezes com hesitação.
Três bolinhas rebolando
As reticências vem chegando
Para aumentar a animação.

Com toda a sua autoridade
A imponente majestade
Do alto do seu trobo ordenou
Que os dois pontos se equilibrassem
E que ninguém mais falasse
Até o travessão se calou.

E quando as cornetas tocaram
As aspas que ali brincavam
Correram para tomar o seu lugar
Para destacar a voz
Do rei falando a todos nós:
"Que comece a festa, vamos todos celebrar".

Então, todos dançaram
Cantaram e pularam
Todos divertindo-se a valer
E quem não foi àquela festa
Acabou franzindo a testa
Ficou muito triste, pode crer.

Tão rápido a noite passou
Que ninguém acreditou
Quando o sol surgiu lá no quintal
Foi então que um convidado
Chegou mais do que atrasado
(Vocês imaginam quem era?)
É claro que era o ponto final.


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